A parcela do financiamento pode ser dividida em duas partes. A primeira refere-se à amortização do saldo devedor, ou seja, o quanto você realmente paga da sua dívida todo mês, sem contar os juros. A segunda é dirigida ao pagamento dos juros do empréstimo, que são a remuneração da financeira por te emprestar o dinheiro. Portanto, o valor de cada parcela contém uma parte para pagamento de juros e outra para a amortização da dívida.
Vamos a um exemplo. Coragem! Não podemos fugir das contas:
Suponha que você faça hoje um financiamento de R$30.000, com 1% ao mês de juros. Daqui a 1 mês, será preciso pagar 300 reais só de juros (30.000 x 1/100 = 300). Caso sua parcela seja de R$500 - R$300 serão para o pagamento de juros e R$200 para a amortização da sua dívida, que passará a ser R$29.800 (30.000 – 200 = 29.800). No próximo mês será preciso pagar R$298 de juros (29.800 x 1/100 = 298). O cálculo é feito dessa forma.
A diferença entre os métodos é a forma como a parcela é composta. Na tabela Price, as parcelas são calculadas de forma que o valor delas seja sempre o mesmo. No caso do SAC, essas são contabilizadas de maneira que a amortização da dívida seja constante, o valor da parcela em si é variável.
Fiz o cálculo de dois financiamentos de R$30.000, com juros de 1% ao mês e 5 anos para pagar (60 meses). No primeiro, usei a tabela Price para o cálculo das parcelas. O outro foi usando o SAC. Nos gráficos abaixo apresento as duas simulações.

No caso da tabela Price, o que se percebe que o valor da parcela é constante (R$667,33) e a amortização da dívida é crescente. Ou seja, começa amortizando pouco a dívida e com o tempo vai crescendo. O total do financiamento (soma de todas as parcelas), com a tabela Price, fica em R$40.039.
Já no SAC, as parcelas começam mais altas (R$800), mas vão reduzindo até R$505 (última). A amortização é constante em R$500. Vê-se que desde o início utilizamos um valor alto para a amortização da dívida, por isso o total do financiamento no SAC é R$39.150, acarretando um pagamento menor de juros. Mas em compensação é preciso arcar com uma parcela mais alta no início.
Percebe-se que ambos possuem vantagens e desvantagens. Cada vez mais as financeiras estão adotando o SAC, não dando a opção de o cliente escolher qual ele prefere. Mas a tabela Price ainda pode ser encontrada. Ricardo, espero ter conseguido explicar as características básicas de cada uma das formas de financiamento. O cálculo em si, exigiria um espaço maior para os detalhes, mas tentei simplificar ao máximo.
E você, está em algum tipo de financiamento? Qual escolheu? Por quê? Dê sua opinião sobre o artigo, deixe seu comentários. No próximo encontro, vamos conversar sobre estratégias de financiamento e a melhor opção.
Rafael Rocha
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