CDB – Certificado de Depósito Bancário

O CDB, juntamente como os títulos do tesouro, são as opções de investimento mais populares, em renda fixa, disponíveis no mercado. Enquanto os títulos do tesouro são títulos públicos (emitidos pelo governo), o CDB é um título privado (emitido por uma instituição privada – no caso, um banco).

Ao investir no CDB, o aplicador faz um empréstimo de determinada quantia ao banco por um prazo estipulado e recebe do banco um título de crédito. A emissão desse título (que é o próprio CDB) gera a obrigação do banco a pagar ao aplicador a remuneração prevista ao final do contrato. O valor resgatado é sempre superior ao valor aplicado.

Apesar de existir um prazo estipulado para o término do contrato, o investidor pode resgatar o seu dinheiro a qualquer momento, desde que seja respeitado o prazo mínimo exigido.

Esse tipo de investimento apresenta um baixo risco e um rendimento um pouco superior ao da caderneta de poupança, além de ter uma alta liquidez. Era um investimento muito vantajoso quando as taxas de juro estavam mais altas, principalmente para investidores internacionais – imagine, para um investidor que tem taxas de juro muito baixas ou mesmo negativas no seu país, ter a oportunidade de aplicar seu dinheiro com uma rentabilidade de 20% ao ano, praticamente sem correr riscos! (as taxas de juro negativas ocorrem quando a inflação medida foi superior à taxa básica de juros do mesmo período).

O CDB pode ser dividido em duas categorias: os prefixados e os pós-fixados. Quando você opta pelo pagamento de juros prefixados, você já saberá, no momento da aplicação, qual será a sua rentabilidade nominal (repare que a rentabilidade real vai depender da inflação durante o período que o dinheiro estiver aplicado). Nos títulos pós-fixados, o pagamento de juros está atrelado a algum índice ou taxa que tem variação periódica, sendo assim, você só saberá qual foi o retorno da aplicação no momento do resgate.

Qual o risco de aplicar no CDB? O risco de crédito, que é o risco de o banco emissor do título não pagar a dívida, por falência ou qualquer outro motivo. Esse risco, entretanto, é extremamente pequeno, em se tratando dos grandes bancos nacionais. No caso de se optar pelos títulos prefixados, existe ainda o risco de a variação da taxa de juros do mercado ser maior do que a taxa estipulada em contrato – nesse caso o investidor estaria ganhando menos do que o resto do mercado.

Sobre o lucro nominal conseguido com a aplicação em CDB, existe a incidência de imposto de renda, que começa com a alíquota de 22,5% para investimentos até o prazo de 6 meses, e vai diminuindo para 20% em investimentos entre 6 meses e um ano, 17,5% em investimentos entre um ano e dois anos, e 15% para investimentos com prazo maior do que 2 anos.

A taxa de juro paga pelo banco normalmente depende da quantidade de valor investido (quanto maior a aplicação, maior a taxa). Se você for um pequeno investidor, pode ser vantajoso se associar a algum fundo ou clube de investimento, pois o administrador do fundo tem mais condições de negociação com o gerente do banco para conseguir taxas mais atrativas – dessa forma você consegue boas taxas mesmo com pouco dinheiro investido.


Bruno Lacerda

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