Pensa em investir em Renda Fixa?

Há alguns anos atrás, a maioria dos brasileiros nem considerava a hipótese de investir em algo diferente de renda fixa. Pois, com a desconfiança sobre as atitudes de nossos governos, a taxa de juros precisava ser mantida num patamar muito alto para estimular as pessoas a investir seu dinheiro. Em março de 1999, nossa taxa Selic (taxa que reajusta os preços unitários dos títulos públicos federais) estava em 44,95% ao ano (aa). Ou seja, você emprestava dinheiro para o governo e em pouco mais de 2 anos, seu investimento dobrava de valor. Para que os investidores iriam atrás de renda variável com um retorno tão alto em investimentos mais seguros? Esse é o principal motivo da maior parte dos investidores do nosso país ter perfil conservador de investimento (Qual é o seu perfil de investidor?).


Renda fixa é o tipo de investimento mais seguro e previsível que temos no mercado. Não possui grandes flutuações e no caso da renda fixa pós-fixada, nunca fica negativa. Quem investe em renda fixa está comprando títulos de dívida (está emprestando seu dinheiro pra alguém, que te pagará juros pelo empréstimo). Esses podem ser classificados segundo dois critérios:


  • Quanto ao tipo de emissor: públicos (governo) ou privados (bancos ou qualquer tipo de empresas)

  • Quanto à forma que a rentabilidade será calculada: prefixados ou pós-fixados.

O tipo de emissor influencia na segurança do título, teoricamente o governo de um país é o melhor dos pagadores (menor chance de dar calote). Os títulos do governo americano são considerados os mais seguros do mundo, por isso eles podem oferecer uma taxa de juros tão baixa (hoje entre 0% e 0,25% aa) e mesmo assim possuem grande procura.


A forma de rentabilidade reflete o acordo de como serão pagos os juros sobre seu capital. Na prefixada, você conhecerá a taxa previamente ao empréstimo, ou seja, saberá exatamente qual é a taxa que remunerará seu dinheiro até o vencimento do título. No caso da pós-fixada, a taxa de retorno estará atrelada a alguma taxa de juros ou indicador de inflação, em outras palavras, conforme esses forem variando sua rentabilidade também irá variar.


Por exemplo, se você tem um título que te remunera de acordo com o IGP-M, se esse índice subir (houver inflação) sua remuneração aumentará, mas se ele cair irá diminuir. Os títulos pós-fixados são considerados mais seguros, pois acompanham os indicadores. Não tem o risco de você estar com um título pagando 5% aa e a taxa de juros em 15% aa. Ele acompanha as variações. Os títulos prefixados são bons investimentos quando acreditamos que a taxa irá cair (teríamos em mãos um título que pagasse 15% aa com a taxa de juros a 8,75% aa, por exemplo), por isso são mais especulativos e possuem maior risco.


Existem várias formas de se investir em renda fixa. Através do Tesouro Direto (títulos do governo), CDB (títulos de bancos), Debêntures (empresas não financeiras), Poupança, Fundos de Renda Fixa (fundos que compram títulos de todos os tipos), Fundos DI (fundos de títulos pós-fixados) e outros. Posteriormente serão discutidos todos esses veículos aqui no Blog!


Renda fixa é sinônimo de segurança. Mas hoje em dia não temos mais as mesmas taxas de juros exorbitantes do passado (hoje a Selic está em 8,75% aa) e para conseguirmos o mesmo nível de remuneração, precisamos buscar alternativas mais arriscadas de investimento.


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Rafael Rocha

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